Contar com pessoas que possuem visões de mundo e vivências diferentes nas comunidades empreendedoras é fundamental, mas muitas ainda não entendem a real importância ou não colocam isso em prática. A falta de diversidade nas startups evidenciam um grande desafio.
O que é diversidade?
Antes de explicar a diversidade no empreendedorismo, é preciso dar alguns passos para trás e compreender de fato o que é diversidade. No sentido literal da palavra, diversidade quer dizer variedade, pluralidade, aquilo que é diverso.
Quando falamos da diversidade da sociedade, estamos nos referindo a diferentes culturas, etnias, gêneros, orientação sexual, entre outras, que convivem em um mesmo espaço.
Infelizmente, existem grupos que “dominam” outros. Os grupos que são “dominados” são aqueles que são diferentes do que é considerado o “padrão” para a sociedade, sofrendo discriminações e preconceitos em diversos casos. Por não serem representados em várias situações, são chamados de “minorias”.
É o caso de mulheres e negros, por exemplo. Mas vale destacar que “minoria” não quer dizer que se trata de um grupo com menor quantidade de pessoas. O termo é usado por conta das relações com a sociedade.
Diversidade nas comunidades empreendedoras
Agora que lembramos o conceito de diversidade, vamos abordar essa questão no empreendedorismo. Conforme levantado pela Associação Brasileira de Startups no “Mapeamento de Comunidades”, 87,7% das startups dizem que apoiam a diversidade.
No entanto, na prática, a história é outra. De acordo com o Mapeamento, 26,3% das startups do Brasil não possuem nenhuma mulher no time. Quando falamos em cargos de liderança, apenas 5,8% dos founders do pais são negros e somente 12,6% são mulheres.
E os números não param por aí. Transexuais estão presentes em 4,5% das startups do Brasil, enquanto pessoas com deficiência trabalham em apenas 6,7%. Construir equipes com diversidade de gênero, orientação sexual, localização, etnia e outros é um dever da empresa para a sociedade.
Além de contribuir com uma sociedade melhor e igualitária, as startups também colhem diversas vantagens na questão financeira. Com diferentes pensamentos e vivências, o time se torna mais completo e eficiente. Segundo o relatório “Diversity Matters” da McKinsey com empresas do Canadá, América Latina, Reino Unidos e Estados Unidos, as organizações que possuem diversidade na equipe têm melhores retornos financeiros.
Empresas que contam com diversidade racial e étnica, têm 35% mais probabilidade de ter lucro acima da média. Quando falamos de gênero, o relatório divulgou que há 15% mais probabilidade.
Colocando em prática
Não basta acreditar que a diversidade é importante, mas não colocar isso em prática. Para garantir que a startup tenha uma equipe diversificada é preciso ter a visão de que selecionar pessoas diversas, sem preconceitos ou discriminações, é fundamental.
Além disso, o investimento no plano de carreira dos colaboradores deve ser justo e igual para todos, independente do gênero, crença, orientação sexual, etnia ou outro. Na Confraria do Empreendedor, incentivamos a diversidade, sempre buscando compartilhar o aprendizado. Vem pra Confra e saiba mais!